domingo, 27 de abril de 2014

SETE CARAS


Há um abismo em direção da descrença
Não há nenhum barco pronto para partir
No escuro a verdade é coisa demorada
Sem perdão não existe coisa amada

No meio de risos senti todos os punhais
Fui demiurgo de uma comédias de sarcasmo
Semeadas certas pessoas não nascem de novo
Ferido o amor uma boca não deve calar o “AMO”

Há uma manhã de espadas luzindo nos trincos da memória
Não tem rosto o amor num corpo sem voz
Sei que amanhã vai ser amanhã
Sei que dizer-te amo nunca será palavra vã

Transborda este cálice parado em meu coração
As minha flores matinais são escritos do presente
Caminhando na tua ausência está o começo de tudo
Há um pássaro da madrugada que acordou mudo

Há este herói que desconhece o fim da batalha
Entrando em si ri-se a mulher mais infeliz
Caminhado na ausência há o começo de tudo
A preto e branco foste a heroína de um filme mudo

Esta ilha que há em mim
Despedaçada no fim do crepúsculo
Esta lava derramada em meu peito
Faz de mim um poeta sem formosura ou jeito

Acho que cerraste os olhos numa manhã infinita
Cristaliza o balanço do teu pensamento
A palavra recolheu-se em ti amarga
Tudo isso e mais a fome da loucura em vil momento

E estou tão agradecido e louvo o amor
Aprisionei numa caixinha todas as palavras amargas
Rasguei os imagens todas de quem me despreza
Apaguei da alma as aves de...Sete Caras...

2 comentários:

Cidinha disse...

Olá, Profeta. Encantador seu poema! È um prazer passar por aqui e ler. Obrigada por partilhar! Grande abraço.

Anónimo disse...

What a information of un-ambiguity and preserveness of precious experience
regarding unpredicted feelings.

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