sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

RI PALHAÇO



Na metamorfose do tempo
Bebi água da lua
Juntei pedaços do espelho da memória
Dancei uma valsa deslumbrante
Chorei um perdido amor de uma triste história
Fiz alquimia com o poder da água
E na ortografia do olhar
Senti vontade de te amar
Com o sol entre os joelhos
Toquei a tua silhueta entre as rosas do silêncio
Levantei a água dos teus cabelos
Sussurrei palavras de emoção
Ao teu coração...
Corri perdido pela ilha a fora
Sem querer ir me embora
Talvez eu seja o verbo que evoca o amor mais raro
Ou apenas um palhaço que chora
Coroei-me com uma coroa de sementes mortas
De mãos postas rezei tomado pelo cansaço
Não chores mais
Ri, ri...palhaço

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